A palavra "cosmos", traduzida em nossas bíblias como "mundo", significa originalmente "ordem", sendo o antônimo de "caos", ou "desordem".
As Escrituras afirmam que a presente ordem jaz no Maligno. Na Cruz, o Velho Mundo recebeu o golpe fatal. O último suspiro de Cristo foi o último suspiro da velha ordem iniciada em Adão. Por isso Paulo podia declarar convictamente que o mundo fora crucificado. Ele agora é um cadáver em decomposição. Já morreu, mas ainda mantém a aparência de que vive. Mas a aparência deste mundo passa. Não há pulsação, nem reflexo, apenas aparência.
A Cruz não foi apenas um lugar de morte. Foi também um lugar de Concepção. De acordo com Paulo, céu e terra convergiram em Cristo, e na Cruz contraíram núpcias. E o fruto desta união é a concepção de um novo mundo, isto é, de uma nova ordem, contrapondo-se à velha ordem danificada pelo pecado, e ao caos original.
O Novo Mundo é uma criança recém-concebida, ainda em estado embrionário, mas prestes a nascer. Já fora concebido, mas ainda não nasceu. Está sendo gerado no útero da nova humanidade, a quem as Escrituras chama de ekklesia (igreja).
A Igreja ( com "I" maiúsculo) é o útero, enquanto que a "igreja instituição" é a placenta. A hora do parto se avizinha. E quanto mais próxima, mais fortes são as contrações, as tais dores de parto a que se referem Jesus e Paulo. Terremotos, tsunamis, furacões, e outros catlamismos são contrações de uma criação em estado avançado de gravidez. Aumenta-se a intensidade das contrações, e diminui-se o intervalo entre elas. Em breve a bolsa vai se romper, o líquido amniótico será derramado, e um novo cosmos emergirá.
Então, em vez de dizermos "Adeus ano velho, feliz ano novo", diremos: "Adeus mundo velho, e feliz mundo novo!".
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