quarta-feira, setembro 10, 2008

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A Máquina do Fim do Mundo

Física. Cinco anos depois, o acelerador de partículas mais potente do mundo, o 'LHC', começa hoje a funcionar.

Um projeto faraônico em que trabalharão nove mil cientistas e que procura simular os primeiros milésimos de segundo do universo

Revelações que "vão mudar a nossa visão do universo"

Hoje, depois de três décadas de trabalhos e estudos, o maior acelerador de partículas alguma vez criado pelo homem vai permitir recriar os primeiros momentos do universo, podendo mudar todos os conceitos que temos acerca da criação do mundo.

O Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN), na Suíça, que desenvolveu este projeto gigantesco com um custo total da ordem dos oito mil milhões de euros, espera que o Large Hadron Collider (LHC), assim se chama o acelerador, responda às grandes questões que há dezenas de anos movimentam o mundo da física das partículas.O funcionamento do LHC permitirá chegar a descobertas que "mudarão profundamente a nossa visão do universo, particularmente a sua Criação", afirma o director do CERN, Robert Ay- mar.

O grande projeto, que o CERN garante ser seguro, permite recriar as condições que prevaleceram no universo nos milésimos de segundo que se seguiram imediatamente ao Big Bang, processo em que serão geradas temperaturas 100 mil vezes mais elevadas que as do centro do sol. Encontrar o instável 'bosão de Higgs', a chamada partícula de Deus, porque muitos investigadores a estudaram mas ninguém a viu, é outro dos objetivos. Neste caso, o CERN está a tentar chegar ao Higgs antes dos norte-americanos do Fermilab, um laboratório de Chicago.O LHC pretende, ainda, explorar a superssimetria, conceito que permite explicar uma das descobertas mais estranhas dos últimos anos, a de que a matéria visível só representa 4% do universo. A matéria negra e a energia negra (73%) partilham o resto. Por fim, permitirá estudar o mistério da matéria e da antimatéria.

Quando a energia se transforma em matéria produz, aos pares, uma partícula e o seu reflexo, uma antipartícula de carga elétrica oposta. Conhecido este procedimento, a lógica seria a de que a matéria e a anti-matéria existissem no universo em quantidades iguais - o mistério é que, na realidade, a antimatéria é rara.

Em busca da partícula de Deus

Física. A maior máquina científica, o LHC, começa a operar na quarta-feira, envolvida em polémica.

O objetivo é encontrar o bosão de Higgs, a partícula essencial, o 'santo graal' da física Acelerador prepara experiência mais complexa A maior e mais dispendiosa máquina científica do mundo "não representa qualquer perigo para a humanidade", conclui um relatório ontem divulgado pelos físicos do CERN (Centro Europeu de Investigação Nuclear, na sigla francesa).Esta nova avaliação do Large Hadron Collider (LHC, o maior acelerador de partículas mundial) deverá silenciar de vez a tentativa de travar a mais complexa experiência científica de sempre, prevista para decorrer a partir de quarta-feira e cujos preparativos deverão começar ainda este fim-de-semana.

O objetivo da máquina é encontrar a menor partícula, base da matéria, o bosão de Higgs, também chamada "partícula de Deus", cuja existência a teoria prevê há 40 anos. Um grupo tentou parar a experiência, alegando que se formarão buracos negros minúsculos e que estes vão engolir o planeta. O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos rejeitou uma providência cautelar, no final de Agosto, e este novo relatório explica que as experiências no LHC se baseiam em testes feitos nos aceleradores mais pequenos. A energia libertada na colisão de dois protões será idêntica à de dois mosquitos em colisão e que os buracos negros que se formarem serão diminutos, não havendo paralelo na natureza.

"Se as partículas em colisão no LHC tivessem o poder de destruir a Terra, nós não existíamos", conclui o painel de físicos do CERN, em resposta à preocupação do grupo que se reuniu em torno do teórico alemão Otto Rössler, o homem que deu a cara pela paragem da máquina.

Rössler representava a crítica mais articulada, mas há observadores para quem o LHC tem aspecto de máquina do fim dos tempos, algo saído da ficção científica ou da imaginação de Dan Brown, escritor que tem, aliás, um romance, Anjos e Demônios, passado no CERN e dedicado a este tipo de maquinaria de colisões entre religião e ciência.

O complexo acelerador custou 2,5 mil milhões de euros e o seu anel, enterrado na região de Genebra, na Suíça e França, tem 27 quilómetros. O LHC não estará a funcionar em pleno antes de 2010, e o custo do projecto, onde vão trabalhar 9 mil cientistas, será na realidade mais alto, da ordem de 8 mil milhões de euros, a pagar pelos 20 países que integram o CERN, incluindo Portugal (o Brasil está contribuindo com 63 cientistas).

Para encontrar o bosão de Higgs, feixes de protões serão acelerados a velocidade próxima da luz, colidindo uns com os outros, numa tentativa de replicar as condições existentes após o Big Bang (o universo, tal como o conhecemos, terá sido formado pela explosão da matéria extremamente densa e quente).

Fonte: Diário de Notícias

Bem, se é que a máquina foi realmente ligada hoje às 2 da manhã (horário de Brasília), então quem predisse que seria o fim do mundo quebrou a cara. Só Deus poderia, de fato, recriar o Big Bang, o máximo que o homem poderia chegar é a um Tic-tac.

Em tempo, nenhuma máquina construída por mãos humanas será capaz de destruir aquilo que Deus sustenta pela Palavra de Seu Poder. O Mundo e todo o Cosmos está seguro nas habilidosas e poderosas mãos do Criador.

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