Foi o Criador quem disse: “Eu anuncio o fim desde o princípio”! Jamais entenderemos o fim, sem compreendermos o princípio de tudo. Tudo está conectado. Tudo faz sentido.
Toda a confusão que se faz em torno da escatologia, se deve à negligência quanto ao início de tudo.
Por que tantos defendem que o mundo caminha para uma destruição iminente? Porque não atentaram para a avaliação que Deus fez da Sua obra.
A criação não é um rascunho. Ela é a obra-prima de Deus.
De acordo com a narrativa de Gênesis, a cada etapa da criação, Deus avaliava Sua obra. Depois de avaliar como boas todas as coisas que criara, Deus emitiu a avaliação final: “Viu Deus tudo o que tinha feito, e que era MUITO BOM” (Gn.1:31). Podemos substituir o “muito bom” por “excelente”. Foi essa a nota que o Criador deu ao conjunto de Sua obra.
Quem insiste com a idéia de que Deus vai destruir este Universo, para criar um melhor, incorre no erro de achar que Deus possa superar a Si mesmo. As Escrituras não dizem que Deus pretende fazer tudo de novo, e sim que Ele fará novas todas as coisas. “Tudo novo” não significa “tudo de novo”. Não se trata de uma nova criação que emirja do nada, mas de uma renovação de todas as coisas. Por isso, podemos afirmar que Deus é o autor da reciclagem. Ele não vai descartar Sua obra, mas reciclá-la por completo.
Nosso Universo não é um laboratório, e tampouco somos cobaias de um deus ainda em formação acadêmica. Ele não está ensaiando a peça, mas a está encenando. Nosso Universo não é um ensaio, é o espetáculo.
Este mundo não é uma experiência, nem uma obra inacabada. “Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados” (Gn.2:1). O gênero humano foi, por assim dizer, a pincelada final da criação.
E a criação tem um propósito específico. Ela não é um acidente cósmico, e nem surgiu espontaneamente. “Tudo foi criado por ele e para ele” (Cl.1:16b). Por isso Jesus é introduzido em Apocalipse como o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o ponto de partida e a linha de chegada de toda a criação. Tudo converge n’Ele!
Ninguém consegue montar um quebra-cabeça, sem ter um modelo com a imagem que se quer alcançar. Cristo é “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl.1:15). Ele é a imagem que emerge do mosaico da criação.
Ele é o protótipo, o modelo usado por Deus para criar tudo o que há. Por isso se diz que Ele é o princípio da criação. Ele é a imagem que Deus vê refletida em um Universo que Lhe serve de espelho.
Em Cristo, todas as peças do quebra-cabeça da criação se encaixam perfeitamente. Através d’Ele a criação pode refletir a glória do Seu Criador. N’Ele, o Deus invisível revela o Seu rosto. Nas palavras de Paulo, “os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas” (Rm.1:20a). Tudo fica muito nítido e claro, quando miramos a criação devidamente conectada em Cristo. N’Ele tudo se harmoniza perfeitamente.
Se Deus é o Autor da peça, Cristo é o Protagonista, a Criação é o cenário, o Espírito Santo é o Holofote, e nós somos a platéia.
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