terça-feira, novembro 12, 2013

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Cavalo de Troia - Poema



Abri meus portões
Deixei-o entrar
Expus meus porões
Sem argumentar

Rompeu minha festa
Estragou meu banquete
Bastou-lhe uma fresta
Tornou-me joguete

Eis-me vulnerável
Fraqueza é meu nome
O inalcançável
É o que me consome

Meus muros ruíram
Tesouros expostos
A mim afluíram
Amigos supostos

Abri minha guarda
E devo assumir
Despi minha farda
À pátria traí

Meus olhos vazados
Sem forças caí
Ao Deus dos prostrados
Socorro pedi

Devolve-me a força
Só uma vez mais
Meu ego retorça
Meu orgulho desfaz

Que eu descubra na morte
Incontáveis frutos
Que o que me faz forte

São os teus atributos

Por Hermes C. Fernandes 
num paralelo entre Sansão e o Cavalo de Troia

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