Abri meus portões
Deixei-o entrar
Expus meus porões
Sem argumentar
Rompeu minha festa
Estragou meu banquete
Bastou-lhe uma fresta
Tornou-me joguete
Eis-me vulnerável
Fraqueza é meu nome
O inalcançável
É o que me consome
Meus muros ruíram
Tesouros expostos
A mim afluíram
Amigos supostos
Abri minha guarda
E devo assumir
Despi minha farda
À pátria traí
Meus olhos vazados
Sem forças caí
Ao Deus dos prostrados
Socorro pedi
Devolve-me a força
Só uma vez mais
Meu ego retorça
Meu orgulho desfaz
Que eu descubra na morte
Incontáveis frutos
Que o que me faz forte
São os teus atributos
Por Hermes C. Fernandes
num paralelo entre Sansão e o Cavalo de Troia
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