segunda-feira, janeiro 18, 2021

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A VACINA É DOM DE DEUS


 Por Hermes C. Fernandes

Finalmente, chegou o grande dia. Duas das vacinas desenvolvidas para o combate ao novo coronavírus foram aprovadas pela ANVISA. Minutos depois da aprovação, São Paulo saía na frente, vacinando a primeira pessoa no país. Independentemente do marketing político, aquele gesto trouxe esperança a milhões de brasileiros. No dia seguinte, vacinas foram distribuídas pelo ministério da saúde para todos os estados. E cedendo à pressão dos governadores, o ministro anunciou que a vacinação começaria no mesmo dia e não dois dias depois como havia sido programado. 

Era de se esperar que toda a população brasileira celebrasse a chegada das vacinas. Porém, a onda do negacionismo deixou um rastro que impediu que muitos vislumbrassem o valor de tal proeza. 

Da parte do governo federal não há qualquer esforço para conscientizar a população a se vacinar. Pelo contrário, além de enfatizar o fato de não ser obrigatório, o presidente ainda faz questão de inculcar dúvidas acerca de supostos efeitos colaterais, incentivando as pessoas a preferirem recorrer a um tratamento precoce com remédios sem qualquer comprovação de eficácia. Não há interesse em vacinar a população, visto que isso representaria um enorme gasto aos cofres públicos. 

Fake News se espalham pelas redes sociais, principalmente em grupos de whatsapp. E para completar, pastores que aderiram à onda negacionista e antivacina, usam seus púlpitos e redes sociais para dissuadir os fiéis a tomarem a vacina, alegando, entre outras coisas, que não houve tempo suficiente para as que vacinas comprovassem sua eficácia. Soma-se a isso as teorias da conspiração que dizem que as vacinas vão alterar o DNA humano e associam à marca da besta do Apocalipse. 

Como enfrentar esta onda negacionista? Como persuadir as pessoas a serem vacinadas?

Lembre-se que não se trata apenas de proteger o indivíduo de um eventual contágio pela COVID-19, mas também de proteger toda a sociedade. Se a vacinação não atingir a um percentual significativo da população, sua eficácia não alcançará o resultado esperado, permitindo que a pandemia siga sua marcha destruidora. E aí, os negacionistas tripudiarão, alegando que tinham razão desde o início. 

Fico imaginando como foi que Moisés conseguiu convencer a todos os hebreus a espargirem o sangue de um cordeiro nos umbrais de suas portas para que ficassem imunes ao anjo da morte que passaria pelo Egito ceifando a vida de todos os primogênitos (Êxodo 12:1-13). Aquela foi a primeira imunização em massa da história.  É claro que não se tratava de uma vacina. Mas o paralelo entre o que ocorreu naquela ocasião e o que está ocorrendo em nossos dias é inevitável. O anjo da morte que está visitando os lares de toda a população mundial é a COVID-19. E o equivalente ao sangue do cordeiro espargido nos umbrais das portas é a vacina, seja ela qual for. Moisés disse que quem não tivesse um cordeiro, poderia lançar mão de um cabrito. Da mesma forma, se não nos for possível recorrer a uma vacina como a da Pfizer que tem mais de 90% de eficácia, recorramos a uma da Oxford/FioCruz que tem 70% ou a uma CORONAVAC do Butantan/Sinovac que tem pouco mais de 50%, O importante é sermos imunizados o quanto antes. Não se pode brincar com a vida. 

Naquela fatídica noite, o anjo da morte passou, Somente os primogênitos dos hebreus foram poupados. Não por serem hebreus, mas por causa do sangue espargido nos umbrais das portas. 

O anjo da morte não faz distinção entre hebreus e egípcios. A única coisa que ele respeita é o sangue do cordeiro. De maneira análoga, o vírus não respeita distinções étnicas, culturais, religiosas, sociais ou de qualquer outra natureza. De acordo com a ciência, só há uma maneira de combate-lo: A VACINA. 

Já pensou se algum negacionista da época resolvesse inventar um tratamento precoce? Que trabalheira Moisés teria para desfazer o estrago feito pela disseminação dessa mentira. 

Os próprios cientistas, diretores da ANVISA, deixaram claro que não há alternativa terapêutica comprovada pela ciência. 

Portanto, só nos resta uma esperança quanto ao fim desta pandemia que já ceifou a vida de mais de dois milhões de pessoas (210 mil somente no Brasil). Esta esperança é a vacina.

Sabemos que os cordeiros sacrificados pelos hebreus eram uma representação do Cordeiro de Deus, o Cristo, Aquele em quem encontramos “todos os tesouros da sabedoria e da ciência” (Colossenses 2:3).

Não tenho qualquer dúvida quanto à inspiração divina por trás da descoberta dessas vacinas. Não me causa qualquer espanto o fato de terem sido descoberta em tempo recorde. Conforme previsto nas Escrituras, a ciência está se multiplicando. O espaço entre uma descoberta e outra diminui cada vez mais. Seria devastador se tivéssemos que esperar oito ou dez anos até que a vacina contra o novo coronavírus fosse desenvolvida. Provavelmente teríamos um resultado semelhante ao da gripe espanhola que ceifou a vida de cinquenta milhões de pessoas no século passado. 

Por isso, só me resta dizer: louvado seja Deus pela vacina!

E quem negar-se a toma-la, estará tentando a Deus ao colocar em risco a sua vida e a vida de seus amigos e familiares. 


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