Por Hermes C. Fernandes
Lamentável o incidente ocorrido neste domingo na Arena Joinville. Nada justifica a violência protagonizada por torcedores do Atlético-PR e do Vasco. Até o momento, três torcedores foram internados em coma, e um deles, de apenas 19 anos, em estado gravíssimo.
Como não se chocar vendo um torcedor usando um pedaço de pau com prego para espancar torcedores do time rival?
Para surpresa de muitos, o juiz decidiu que o jogo paralisado por causa das cenas de selvageria deveria ser retomado. A meu ver, tal decisão demonstrou total falta de respeito às vítimas daquela agressão gratuita, bem como às famílias que lá estavam para assistir a um espetáculo futebolístico e não àquele barbárie. Queira Deus que as autoridades investiguem a fundo as cenas veiculadas pela TV e encontrem os responsáveis pelo início da baderna.
Chamou-me a atenção as manifestações quase que instantâneas nas redes sociais. Torcedores de times rivais se aproveitavam do momento para espezinhar os torcedores do Vasco e do Atlético-PR. Até vejo com naturalidade esta rivalidade, porém, acredito que um momento como esse deveria ser lamentado por todos, e não celebrado.
Apesar de torcer pelo flamengo, tenho grandes amigos que torcem por times rivais como o vasco, o fluminense e o botafogo. Meu carinho e respeito por eles é bem maior do que meu 'amor' ao time rubro-negro carioca. Por isso, prefiro não levar a rivalidade dos campos para meus perfis no facebook e no twitter. Admito até certas brincadeiras e provocações, mas jamais permitiria agressões verbais que alimentassem uma animosidade idiota que, quando levada às últimas consequências, pode resultar em vias de fato.
Não é um episódio como este que assistimos hoje que vai macular toda uma torcida formada de gente honesta, trabalhadora e de bom-senso, que vai aos estádios unicamente para torcer e se divertir. Toda torcida tem gente fanática ao extremo, capaz de ferir e até de matar por seu time. Em vez de lançar querosene na fogueira, que tal tentar apaziguar?
Sinceramente, recuso-em a crer que alguns colegas, pastores cuja reputação é ilibada, levem para seus púlpitos esta rivalidade ou use as redes sociais para alimentá-la. Perdoem-me pela crítica, mas não acho de bom tom.
Recentemente, dois líderes proeminentes cariocas protagonizaram um episódio, no mínimo, vexatório. O Pr. Silas Malafaia, por quem nutro profundo respeito (ainda que não concorde com parte de sua teologia), resolveu fazer uma brincadeira com o Pr. Abner Ferreira da Assembleia de Deus de Madureira, presenteando-o com um kit do vasco, incluindo camisa e bandeira. Flamenguista declarado, Abner sentiu-se constrangido com a brincadeira feita em pleno púlpito durante o culto. A 'homenagem' teria sido uma forra, pois no dia do seu aniversário, Silas, que é botafoguense, recebeu de Abner um kit do flamengo. Entendendo perfeitamente tratar-se de uma brincadeira entre colegas. Mas penso que o púlpito não deveria ser lugar para isso. Tampouco as redes sociais deveriam ser usadas por pastores para provocar a torcida de times rivais.
Depois deste episódio em Joinville, deveríamos redobrar nossos cuidados e incentivar as torcidas a uma atitude respeitosa tanto nos estádios, quanto na igreja e no ambiente virtual.
Brincadeiras, tudo bem. Desrespeito, jamais.
Aproveito para lamentar o rebaixamento de dois grandes times cariocas: o vasco e o fluminense. Falo com sinceridade. Não estou fazendo média. Penso que a série A do próximo ano não será a mesma sem a rivalidade histórica entre eles e o flamengo.
Espero que nenhum flamenguista me veja como traidor. Mas torci de coração para que ambos os times não fossem rebaixados. Assim como celebrei a chegada do botafogo à Libertadores. Ora, se torço pela seleção brasileira, por que não torceria pelo futebol carioca?
Concordo com a sua posição bispo!
ResponderExcluirAcho lastimável esse acontecimento. Infelizmente alguns grupos que se dizem torcedores vão aos estádios com o intuito único de brigar.
São criminosos que portam armas brancas e até armas de fogo. Esse tipo de coisa não pode ser admitido em lugar nenhum. É crime!
Infelizmente no Brasil o Estado tem que intervir, a polícia precisa estar presente, as torcidas precisam ser dividas por alambrados ou cordões de isolamento. Se não, o que acontece é isso que vimos.
Acho que de certa forma a culpa é do Estado que deveria colocar o policiamento no estádio, pois parece que abriga já estava anunciada nas redes sociais, em contrapartida, também acho que a sociedade precisa evoluir o seu grau de consciência, civilidade e humanidade.
E sobre o Silas e o Abner, é triste, muito triste.
Acho que é só uma demonstração do temor que está desaparecendo do meio de certa liderança.
Graça e paz!
Isto aí foi num campo de futebol? Hermes!
ResponderExcluirEu pensei que foi no Rio de Janeiro, onde inocentes são acertados toda hora por balas perdidas ( Tiro ) ou assaltados, machucados e mortos por bandidos.
Ou: Ao invés de lutar em campo de futebol, se gladiarem entre si, poderiam refazer o coliseu a arena de matança do Império Romano em Roma dos séculos passados, para estas execuções de hoje nos campos de futebol, acabarem com campo de futebol, e lutarem na arena de gladiadores, é o lugar certo para isto, mas, tem que ter uma bola lá para
despistar, e deixar os valentões se devorarem um ao outro.
Que barbaridade!
Só posso dizer Hermes para este mundo de densas trevas, MARANATA JESUS CRISTO DE NAZARÉ.
Lembrando Hermes, que há rivalidade, sim, e toda hora de líderes pastores, bispos etc, de igrejas evangélicas que disputam entre si:
ResponderExcluirQuem é a melhor o fodão, qual pastor ficou milionário depois que assumiu a liderança da igreja, e como ficar milionário na igreja sem
trabalhar como acontece, qual a igreja é mais rica, qual pastor rouba
mais dos membros e etc.
A disputa dos avarentos líderes religiosos, pastores, bispos etc, é todos os dias nas chamadas igrejas evangélicas.
É uma guerra urbana entre pastores, bispos, apóstolos, Hermes!
A máfia de igrejas evangélicas a todo vapor do enriquecimento ilícito.