Era uma Segunda-feira, e meu pai havia programado uma reunião especial em sua igreja em Quintino. O templo estava superlotado. E eis que de cima do púlpito, avistei uma linda morena, cujos olhos me cativaram no primeiro momento.
Fiquei tão entusiasmado que fiz tudo para chamar sua atenção. Cantei, toquei minha guitarra, mas ela só me notou quando assumi a bateria.
Percebi que outros rapazes também ficaram impressionados com sua beleza, principalmente com seus olhos. Mas saí na frente!
Após o culto, entrometi-me no meio da multidão. Não foi fácil, mas consegui alcançá-la. Dei-lhe meu cartão cor de madeira que trazia a frase "Mais triste que um sorriso triste é a tristeza de não poder sorrir".
Fiz que ela me prometesse voltar na semana seguinte.
Dito e feito! Uma semana depois, eu estava ansioso para revê-la. Porém, ela demorou a chegar.
De repente, ela adentra a igreja ao lado de sua mãe. Tudo ficou mais colorido!
Mas para a minha tristeza, ela se sentou atrás de uma coluna, de modo que não podíamos trocar olhares.
Quase fico com torcicolor de tanto esticar o pescoço pra vê-la.
Fiz sinal pra que ela me encontrasse na cantina durante o ofertório. Meio sem graça e tímida, ela atendeu.
Confesso que estava ofegante. Era uma sensação nova pra mim. Quando ela segurou minha mão, meu coração quase pula pela boca.
Contei-lhe minha pretensão, e perguntei se ela gostaria que eu a visitasse em casa pra conversarmos melhor. Foi quando soube que ela morava em Paciência.
Eu não tinha idéia de onde ficava isso! Só sabia que ficava muito longe de Piedade, onde eu morava.
Piedade e Paciência, duas virtudes que teríamos que cultivar para seguirmos juntos em nossa jornada de amor.
No dia 28 de fevereiro, iniciamos nosso namoro.
Quando sua mãe me viu, ficou pálida e nervosa. Jamais ela poderia imaginar que sua filha namoraria o filho do líder daquela denominação.
Ser nervosismo foi tanto, que ela pôs água em lugar de leite na vitamina de mamão que me ofereceu pra tomar.
Jamais poderia imaginar que minha vida estava sofrendo uma guinada, e que cinco anos depois, estaríamos nos casando e constituindo uma família.
Louvo a Deus por você, Tânia. Nesses vinte e quatro anos enfrentamos muitos desafios, mas em tudo Deus nos concedeu vitória.
Ainda nem chegamos na metade da nossa jornada. Há muito que se viver. E que bom saber que envelheceremos juntos, e veremos os filhos dos nossos filhos.
Amo-te hoje, mais do que nunca.
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