Por Hermes C. Fernandes
Morte em vida! Foi assim que um
amigo divorciado referiu-se ao processo que culminou em sua separação. Apesar
de toda dor envolvida, ele me confidenciou que não se arrependia de haver
optado pelo divórcio. Se o divórcio era “morte em vida”, manter um casamento de
fachada era o próprio inferno.
O divórcio custou-lhe a perda de
muitos amigos que ele e seu ex-cônjuge tinham em comum. Custou-lhe dois anos
sem falar com seu filho. Custou-lhe a perda de bens materiais. E por fim, o
descrédito de seu ministério. Ainda assim, ele preferiu passar por tudo isso a
ter que manter uma mentira. Ao término de nossa conversa, ele arrematou:
“Apesar de longo e escuro, sempre há uma luz no fim do túnel.”
Sem dúvida, o divórcio é um dos
mais persistentes tabus dentro das igrejas. Ainda que haja tido um avanço considerável
na maneira como encaramos o tema, no fundo, vivemos um desconcertante conflito
entre o que diz o bom senso e o que dizem as Escrituras. Se ainda é um problema
mal resolvido hoje, imagina dois mil anos atrás?
Não basta saber o que disse
Moisés, Paulo ou o próprio Jesus. Temos que verificar em que contexto tais
palavras se aplicavam antes de sair por aí condenando quem amargou um divórcio.
Mateus relata o episódio em que
Jesus foi abordado sobre o tema pelos fariseus. “É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?” (Mateus
19:3), perguntaram-lhe. Subentende-se que eles aceitavam o divórcio como uma
legítima concessão divina. A questão não era o divórcio em si, mas o
divorciar-se “por qualquer motivo”. Bem
da verdade, a concessão feita por Moisés parecia indicar que qualquer motivo
fosse válido. Repare nela:
“Se um homem casar-se com uma mulher e depois não a quiser mais por
encontrar nela algo que ele reprova, dará certidão de divórcio à mulher e a
mandará embora. Se, depois de sair da casa, ela se tornar mulher de outro
homem, e o seu segundo marido não gostar mais dela, lhe dará certidão de
divórcio, e mandará embora a mulher. Ou também, se ele morrer, o primeiro
marido, que se divorciou dela, não poderá casar-se com ela de novo, visto que
ela foi contaminada. Seria detestável para o Senhor. Não tragam pecado sobre a
terra que o Senhor, o seu Deus, lhes dá por herança.”
Deuteronômio 24:1-4
Deuteronômio 24:1-4
Verifica-se aí até a
possibilidade de um segundo matrimônio. O que era vetado era, em caso de viuvez
no segundo casamento, a mulher voltar a casar-se com o marido do qual havia se
divorciado antes.
Nos tempos de Jesus, a coisa
estava tomando uma proporção jamais prevista pelo legislador hebreu. Os homens
se respaldavam na lei para se divorciarem por razões frívolas. Obviamente que
era uma questão de má interpretação do texto sagrado, torcendo-o em causa
própria. Se a mulher perdesse um dente, divórcio! Se não revelasse dotes
culinários, divórcio! Engordou, divórcio!
Os fariseus queriam que Jesus se
posicionasse sobre o assunto, fosse justificando ou condenando tal postura.
Sabiamente, Jesus recorre aos
textos bíblicos para expor o plano original do Criador:
“Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os
fez, e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e
serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto,
o que Deus ajuntou não o separe o homem.” Mateus 19:4-6
Este é, sem dúvida, o ideal divino. Mas a
questão não se esgota aí. Entre o mundo ideal e o mundo real há uma
considerável distância que não podemos ignorar. Há demandas que não podem ser
varridas para debaixo do tapete. Os fariseus tinham esta percepção e por isso,
retrucaram: “Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e
repudiá-la?” (Mateus 19:7).
Haveria aí uma incongruência entre a vontade
expressa de Deus e a concessão que fizera através de Moisés? Nego-me a
acreditar nisso. O fato é que há um ideal à que a natureza humana nem sempre é
capaz de se ajustar. O que Deus faz ante a esta inconteste verdade? Desiste de
nós? Nos entrega à própria sorte? Não!
Ele simplesmente acrescenta uma cláusula em Sua própria Lei. A meu ver, esta é
a maneira de Deus lidar com as demandas do mundo real.
Não creio, por exemplo, que Deus apoie algum
tipo de escravidão. Mas já que havia escravos na configuração social da época, então,
que se atenue o sofrimento desses seres humanos, assegurando-lhes, ao menos,
alguns direitos básicos. Não era o ideal,
porém, era o possível à época. Pode-se
dizer que o mesmo se aplica ao divórcio. Por isso, Jesus respondeu: “Moisés,
por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres;
mas ao princípio não foi assim...” (Mateus 19:8). Deus sabe que estamos sujeitos às
contingências históricas, bem como ao nosso grau de consciência e a situações
que nos fogem o controle. Então, dos males, o menor.
A preocupação de Deus sempre
girou em torno da parte mais fraca. À época, a mulher dependia de seus pais ou
de seu marido para sobreviver. Sair de casa sem mais, nem menos, sem uma carta
de divórcio, seria interpretado como um insulto a ambos. Seus pais ou seu
marido jamais a receberiam de volta. O que, possivelmente, a empurraria para a
prostituição a fim de manter-se. A carta de divórcio a salvaguardaria de muitas
coisas, dentre elas, a desonrosa acusação de ter abandonado seu lar. Hoje,
porém, vivemos numa configuração social bem diferente, em que as mulheres são
incentivadas a serem economicamente independentes. O divórcio, por sua vez,
deixou de ser o tabu de antigamente. Ainda que o estigma permaneça, não tem a
força de outrora.
Em defesa da mulher, Jesus
estabelece parâmetros. Ninguém tinha o direito de despedir sua mulher por
razões frívolas.
“Eu vos digo, porém, que
qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de imoralidade sexual, e
casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete
adultério.” Mateus 19:9
Esta parte da fala de Jesus é que tem gerado o
maior número de controvérsias em torno do divórcio. Por duas razões: primeiro,
só deveria se divorciar se fosse por imoralidade sexual (grego= porneia).
Portanto, acaba aí a farra dos que se divorciavam por qualquer motivo. Segundo,
quem aceitaria divorciar-se para permanecer sozinho? Aqui Jesus iguala homens e mulheres. Tanto o
homem que repudiasse a mulher, quanto a mulher repudiada, não poderia voltar a
se casar. Tal postura se constituía num salto enorme. A mulher deixava de ser a
única prejudicada. Portanto, os homens deveriam pensar muitas vezes antes de se
divorciarem. Qualquer aparente vantagem que os homens pudessem obter foi
descartada por Jesus.
Infelizmente, estamos tão condicionados a uma
leitura inflexível das Escrituras que perdemos de vista seu teor subversivo.
Nem os discípulos escaparam a isso. Daí responderem: “Se assim é a condição
do homem relativamente à mulher, não convém casar” (Mateus 19:10). Em outras
palavras, se é assim, se não podemos nos livrar facilmente de uma mulher sem
que isso também nos prejudique, a melhor coisa a fazer é ficar longe delas. Não
há como evitar a percepção de quão machista era a mentalidade dos discípulos de
Jesus, refletindo com exatidão a tendência de sua época. Ninguém
pensou em como isso resguardava a mulher.
Palavras mais duras sobre isso foram ditas por
Jesus em Mateus 5:31-32: “Também foi dito: Quem repudiar sua
mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo que todo aquele que
repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz adúltera;
e quem casar com a repudiada, comete adultério.” Aqui, só o fato de
ser repudiada já a tornaria adúltera, independentemente dela contrair ou não
novas núpcias, exceto em caso de infidelidade. Não estaria Jesus demonstrando preocupação com
a reputação da mulher? Não estaria simplesmente cogitando os efeitos
devastadores que o divórcio produziria na vida da mulher? Creio que devemos
entender a frase “a faz adúltera” como uma referência ao estigma que
isso representaria, e não como sua condição diante de Deus. Algo semelhante ao
que Paulo diz acerca de Jesus, que mesmo não tendo pecado, Deus “o fez
pecado por nós” (2 Coríntios 5:21). Alguém ousaria interpretar isso como
que atribuindo pecado a Jesus? Da mesma forma, seria precipitado atribuir
pecado a uma mulher pelos simples fato de haver se divorciado. Está claro que
Jesus estava tratando da repercussão e não do fato em si. E ela não só
carregaria o estigma de adúltera, como o estenderia àquele que a desposasse.
Será que podemos concluir daí que Jesus fechou
a questão relativa ao divórcio? Restar-nos-ia alternativa senão uma leitura
dogmática acerca do tema?
Por conta disso, muitos torcem para que seus
cônjuges cometam um deslize moral que possa justificar o divórcio. Outros, nem
sequer admitem a menor possibilidade de um segundo matrimônio, tachando de
adúlteros os que o contraem.
Há, também, os que apelam a Paulo, alegando
que somente a morte do cônjuge liberaria o outro para se casar novamente.
Imagine ter que torcer pela morte de alguém para sentir-se livre. Pois,
creia-me: há quem o faça. Afinal, “a mulher casada está ligada pela lei a
seu marido enquanto ele viver; mas, se ele morrer, ela está livre da lei do
marido” (Romanos 7:2).
Tanto Jesus, quanto Paulo, abordaram o assunto
considerando a configuração social e cultural de sua época. Não creio que
tivessem a pretensão de dogmatizar sobre isso.
Todavia, mesmo reconhecendo que os tempos são
outros e que o divórcio já não se constitua no tabu de então, não podemos fazer
vista grossa ante a sua seriedade. Não se pode banalizar o que poderia ser
comparado a uma amputação.
Para que o médico opte pela amputação do
membro de um paciente, sua vida deve estar em jogo. Entre a manutenção da vida
e a preservação de um membro, obviamente que ele optará pela primeira. Assim é
o divórcio.
A vida tem primazia sobre qualquer
instituição, mesmo a mais antiga delas, o casamento. Deve-se, porém, esgotar
todas as possibilidades antes de apelar a um expediente tão traumático e
doloroso. Parafraseando Jesus, “é melhor que se perca um dos teus membros”
do que viver num inferno em vida (Mateus 5:29-30).
Paulo, que transitava entre dois mundos, o
greco-romano e o judaico, trata o assunto dando-lhe o peso de um mandamento.
“Aos casados dou este mandamento, não eu, mas o Senhor: que a esposa
não se separe do seu marido. Mas, se o fizer, que permaneça sem se casar ou,
então, reconcilie-se com o seu marido. E o marido não se divorcie da sua
mulher...”
1 Coríntios 7:10-13
O fato de atribuir-lhe o peso de mandamento nos isentaria de uma
reflexão mais profunda? Se fosse o caso, Paulo não se atreveria fazer um adendo
seu ao mandamento do Senhor:
“Aos outros eu mesmo digo isto, e não o Senhor: se um irmão tem mulher
descrente, e ela se dispõe a viver com ele, não se divorcie dela. E, se uma
mulher tem marido descrente, e ele se dispõe a viver com ela, não se divorcie
dele. Pois o marido descrente é santificado por meio da mulher, e a mulher
descrente é santificada por meio do marido. Se assim não fosse, seus filhos
seriam impuros, mas agora são santos. Todavia, se o descrente separar-se, que
se separe. Em tais casos, o irmão ou a irmã não fica debaixo de servidão; Deus
nos chamou para vivermos em paz.”
1 Coríntios 7:12-15
Nenhum mandamento divino nos isenta da
responsabilidade de refletir. Toda letra tem potencial mortífero se não
examinada à luz do Espírito. Apesar de reconhecer o peso de um mandamento,
Paulo atribui aos cônjuges a última palavra. O que manteria um casamento misto
seria a disposição do descrente a manter a relação. E caso optasse pela
dissolução, o cônjuge cristão estaria livre. Creio piamente que Paulo estivesse
abrindo um importante precedente, onde o cônjuge que já não estivesse sob a
servidão pudesse contrair novas núpcias, assim como estaria se o cônjuge viesse
a falecer.
Em Romanos 7:3, o apóstolo afirma que “vivendo
o marido, será chamada adúltera se unir-se a outro homem. Mas, se o marido
morrer, está livre da Lei, e assim não será adúltera, se vier a casar com outro
marido.” Repare que a preocupação de Paulo é com a reputação da mulher (“será
chamada adúltera...”). Fica claro, porém, que houve uma evolução
significativa aqui, pois se admite a possibilidade de um segundo matrimônio
para a mulher, ainda que somente em caso de viuvez.
Será que uma mulher terá que torcer pela morte
de seu esposo para livrar-se de um casamento marcado pela violência doméstica
constante? Ou um homem terá que torcer para que sua esposa adultere para
livrar-se de um matrimônio marcado pela incompatibilidade? Creio que não.
Não é necessário que um adultério se
concretize para que um dos cônjuges se veja no direito de pedir o divórcio,
assim como o médico não vai esperar que a perna gangrenasse para só então
decidir amputá-la. Assim como a amputação, por mais traumática que seja, pode
ser uma medida preventiva, o divórcio também o será.
Quanto à incompatibilidade, convém lembrar-se
do que Paulo fala acerca do jugo desigual, que não se limita à questão da fé,
mas de qualquer coisa que impossibilite que dois percorram juntos a mesma
jornada. “Andarão dois juntos se não estiverem de acordo?” (Amós
3:3). Não
basta professarem o mesmo credo, se não abraçarem o mesmo propósito. Como disse
Antoine de Saint-Exupéry: “Amar não é olhar um para o outro, mas olhar juntos
na mesma direção.”
Se cada um olha para um lado, o casamento será
um cabo de guerra. Nenhum dos dois chegará a lugar algum. Eventualmente, o cabo
se partirá ou um dos dois sucumbirá.
Não ouso afirmar que para que um casamento dê
certo seja necessário que os cônjuges sejam 100% compatíveis. Sempre haverá
algum grau de incompatibilidade. Mas se o amor que os une não for suficiente
para bancar isso, o rompimento será inevitável. Como disse Pedro, “o amor
cobre multidão de pecados” (1 Pedro 4:8). Quando olhamos um vasto oceano, nem nos
apercebemos que abaixo da superfície de suas águas haja grandes cânions,
montanhas, abismos insondáveis. Porém, toda esta saliência geológica é nivelada
ao ser coberta pelas águas do mar. Semelhantemente, se o amor que uniu
dois corações for suficientemente profundo, há de cobrir quaisquer diferenças
que houver entre eles. Porém, se um dos cônjuges prefere manter a relação num
nível raso, as diferenças gritantes acabarão vindo à tona, e, assim,
dificilmente o casamento se sustentará.
Também não se deve esperar a morte de um dos
cônjuges quando se percebe que ela poderá decorrer da violência impetrada por
ele. Qualquer ato de violência, seja física ou verbal é inadmissível numa
relação matrimonial. Se faltar respeito, se atentar contra a dignidade ou a
integridade física, o cônjuge vítima tem o direito de requerer a separação. Ninguém
é obrigado a conviver com seu agressor.
Quantas mulheres aguentam caladas as agressões
sofridas dentro de casa por receio de perder seu casamento e assim estarem
condenadas a viverem sozinhas o resto de suas vidas?
Isto é desumano! Isto é um absurdo!
Outro argumento muito usado por quem não
admite a possibilidade de um divórcio entre cristãos se baseia na passagem
bíblica em que Deus afirma detestar o divórcio. “Eu detesto o divórcio, diz
o Senhor Deus de Israel, e aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o
Senhor dos Exércitos. Portanto cuidai de vós mesmos e não sejais desleais” (Malaquias
2:16).
Alguém já se perguntou por que Deus detesta o
divórcio? Não creio que seja apenas por causa dos efeitos devastadores que ele
provoque tanto nos cônjuges, quanto nos filhos. Creio que também seja pelo fato
de o próprio Deus ter passado por um. Não
conheço ninguém que tenha experimentado uma separação e que não aconselhe a
outros a tentar de tudo para salvar seu próprio casamento. Só quem experimentou
na pele sabe o quanto dói. Portanto, Deus conhece por experiência própria, os
efeitos colaterais de um divórcio. Ele mesmo testifica haver se divorciado de
Seu povo, Israel (Isaías 50:1; Jeremias 3:8). E não só isso: Ele também passou
por um segundo matrimônio, contraído com a igreja. O que seria a antiga aliança
senão os termos que envolviam Seu matrimônio com Israel? O que é a nova aliança
senão os termos que envolvem Seu matrimônio com a igreja? Um casamento teve que
ser rompido para que um novo casamento fosse constituído. Por isso, Jesus
deixou os judeus de sobreaviso: “Portanto eu vos digo que vos será tirado o
reino de Deus, e será dado a um povo que dê os seus frutos” (Mateus 21:43).
Obviamente que não foi uma ruptura fácil. Paulo fala sobre isso em sua epístola
aos Romanos. Reproduzindo uma profecia de Oseias, ele escreve: “Chamarei meu
povo ao que não era meu povo; e amada à que não era amada. E sucederá que no
lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo; aí serão chamados filhos do
Deus vivo” (Romanos 9:25-26). E mais adiante, ele diz: “Porventura
Israel não o soube? Primeiro diz Moisés: Eu vos porei em ciúmes com aqueles que
não são povo, com um povo insensato vos provocarei à ira. E Isaías ousou dizer:
Fui achado pelos que não me buscavam, manifestei-me aos que por mim não
perguntavam. Quanto a Israel, porém, diz: Todo o dia estendi as minhas mãos a
um povo rebelde e contradizente” (Romanos 10:19-21). Por séculos, a aliança
entre Deus e Israel se arrastou sem que houvesse por parte daquele povo a
disposição de corresponder ao Seu amor. Até que ocorreu algo semelhante à
história narrada no livro de Ester. O fato de Vasti se negar a atender ao
chamado do rei, abriu espaço para Ester, a jovem judia escolhida por Deus para
ser rainha em seu lugar. Graças a isso, os judeus foram salvos de um genocídio.
Como entender os caminhos de Deus? Graças a um divórcio e a um novo matrimônio,
práticas condenadas pelas Escrituras, Deus deu livramento ao Seu povo.
Um Deus divorciado e que detesta o divórcio certamente há de
olhar com compaixão àqueles que são vitimados pela dor que o divórcio provoca.
Por isso mesmo, creio que a igreja deveria acolher com mais carinho os que
passaram pelo trauma da separação e buscam reconstruir suas vidas através de um
segundo matrimônio. Não se pode recriminá-los. As feridas que lhes foram
abertas necessitam ser tratadas e não será com acusações, dedos em riste e
olhares desconfiados, mas com compreensão, compaixão e amor.
Olá Hermes. Como sempre sua visao misericordiosa nos devolve a esperança!
ResponderExcluirMe separei ha mais de um ano e desde então minha vida, minha fé, minha mente, minha comunhão com a igreja, a visão que tenho de mim, da feminilidade mudou tanto que ainda tento digerir!
Renasci do mais profundo abismo com o divórcio. Soh sabe o inferno, o purgatório,as sessões de tortura que um casamento pode se tornar quem o vive.
Desde então tenho muito a refletir, muito a perguntar, muito a entender como um casamento entre dois cristãos que se casam virgens, na igreja, que se amam, não demasiadamente jovens, sem precipitação, querendo servir a Deus, cumprindo tudo aquilo que sempre ouviram como correto...que mistério tornar-se morte em vida!
E como a igreja está despreparada para auxiliar as mulheres que sofrem em aconselhamento. Pouco sabem fazer além de aconselhar a persistir e orar! Como podemos ser insensíveis e coniventes com a opressão das mulheres enquanto igreja? De verdade bde vem tanto despreparo?
Quando a letra colabora com a opressão, há algo muito podre!
Eu teria tanto a compartilhar, tanto a perguntar, quem sabe o faça se tiveres um tempinho....mesmo assim, agradeço em nome das mulheres cristãs e não cristãs pela letra banhada de vida e misericórdia. Precisamos avançar muito na igreja, precisamos sim usar nosso bom senso e inteligência. Bendito és!
Abraço amigo!
Irmã,que o Deus de toda a graça te conceda força, ânimo e todos os recursos necessários para superar toda a dor e sofrimento que passastes no casamento com o teu ex cônjuge e da mesma forma possa restaurar teu ex esposo.
ResponderExcluirGraça e paz do Senhor Jesus sejam multiplicadas na tua vida.
Excelente artigo. Coerente de ponta a ponta. Normalmente a maioria interpreta esses textos citados, desconsiderando as TODAS as questões históricas adjacentes aos fatos narrados. Isso faz toda a diferença na compreensão do texto.
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