terça-feira, maio 17, 2016

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Marisa Lobo: Quando o fundamentalismo se torna numa camisa de força à serviço de uma agenda política conservadora



Por Hermes C. Fernandes

Pense numa mulher culta, escritora,  bem articulada, formada e pós-graduada em um importante ramo das ciências humanas, mas cujo discurso destoe totalmente dos movimentos sociais que promovem os direitos humanos e o empoderamento feminino. É possível isso? Sim. Como? Que ingrediente somado aos que listei acima poderia transformar uma feminista e militante dos direitos humanos em potencial em alguém de postura anacrônica, prestando um desserviço às causas sociais que deveria defender? As evidências parecem apontar para o fundamentalismo religioso.

Para quem não ligou os pontos ainda, estou falando da controversa psicóloga Marisa Lobo.

Se sua atuação se restringisse ao espaço religioso, talvez não causasse tanto estardalhaço. Mas pelo jeito, Marisa tem ambições menos modestas. Aproveitando-se da projeção que teve ao ter seu registro profissional cassado acusada de mesclar sua crença com sua prática clínica, a psicóloga cristã tem sido figurinha fácil transitando pelos corredores do poder, bem como em eventos políticos ou religiosos, sempre ladeada por figuras igualmente controversas e proeminentes. O pastor Silas Malafaia, o deputado Marco Feliciano e o senador Magno Malta estão entre os fiadores de sua imagem pública.

Usou fartamente as redes sociais para ajudar a promover o impeachment de Dilma Rousseff, fazendo coro com seus mentores. E como não poderia deixar de ser, comemorou a queda da presidenta e a ascensão de Michel Temer.

Em  momento algum, tangeu críticas pelo fato de não haver mulheres entre os ministros escolhidos pelo presidente interino. Mas foi uma das promotoras da campanha levantada pela esposa de Malafaia em apoio à nova primeira-dama (Bela, recatada e do lar).

Em um comentário feito pelo jornalista Noblat em seu perfil no twetter, apesar de não haver mulheres ou negros à frente dos ministérios, haveria ao menos dois homossexuais, de modo que os ativistas LGBT's deveriam estar satisfeitos. Até o momento, a psicóloga que defende a "cura gay" não se manifestou. O fato é que, quando é politicamente conveniente, tanto ela, quanto seus gurus, fazem vista grossa para qualquer coisa de que discordem. Será que ela acredita cegamente que os dois ministros gays do governo Temer poderiam ser curados? Uma sessão de exorcismo resolveria? Ou seria melhor deixar pra lá em nome de interesses comuns?

Particularmente, não creio em cura gay. Acredito que os homossexuais, todos, sem exceção, precisam de cura. Mas não da cura de sua homossexualidade. Eles precisam ser curados das feridas abertas pela nossa hipocrisia e preconceito. Acho que Marisa não deve concordar comigo.

Para ela e tantos outros que fazem uma leitura fundamentalista das Escrituras, o que os gays necessitam é de abandonar sua prática perversa e abominável, seja pela via terapêutica, ou através do exorcismo, ou mesmo da penitência.

Recentemente, Marisa Lobo posou com seu novo livro "A ideologia de Gênero na Educação" ao lado do recém nomeado ministro da saúde Ricardo Barros. Ela escreveu em sua página no facebook: "Aproveitei para alerta-lo sobre a imposição da ideologia de gênero na educação e como essa doutrinação infantil pode gerar transtornos psicológicos nas crianças como a disforia de Gênero entre outras." Segundo a psicóloga, a "ideologia de gênero também é uma questão de saúde, #SaúdeMental."  Ainda de acordo com seu relato: "Ele foi extremamente simpático, atencioso e me respondeu dessa forma. "Isso já acabou O MEC agora é do DEM " ou seja, me encheu de esperanças, de que nossas crianças merecerão cuidados de fato do ministério da educação e da Saúde que é agora seu ministério" (sic).

Lamentável saber que uma luta de anos para combater a intolerância e o preconceito no ambiente escolar poderá sofrer um revés por conta do lobby religioso.

Na comunidade que pastoreio, um menino de apenas 11 anos, colega de algumas de nossas crianças, cometeu suicídio tomando chumbinho e sufocando-se com um saco plástico, por não suportar o bullyng sofrido na escola por conta de sua orientação sexual. Triste saber que este é apenas um entre inúmeros casos. Porém, o fundamentalismo religioso cega de tal maneira, que além de adoecer a alma, cauteriza a consciência, privando-nos tanto do senso crítico, quanto da compaixão e da empatia.

O que a psicóloga Marisa Lobo chama equivocadamente de "ideologia de gênero", nada mais é do que uma tentativa sensata de se combater o preconceito dentro da sala de aula. E não se limita ao preconceito de gênero, mas também o étnico, o religioso, e até o que vitimiza os deficientes físicos e mentais.

Falta um tanto de misericórdia no discurso religioso daqueles que se apresentam como seguidores de Jesus. Talvez se esqueçam de que, nas palavras de São Tiago, "o juízo será sem misericórdia para aqueles que não usarem de misericórdia."

Para a psicóloga e sua turma, o governo estaria estimulando a pedofilia e a homossexualidade através de cartilhas distribuídas nas escolas. O objetivo seria destruir os valores judaico-cristãos juntamente com o modelo tradicional da família. Haveria uma conspiração comunista bem ao estilo gramscista, para desconstruir toda e qualquer estrutura social, a começar pela família, preparando assim o cenário para a instalação de um governo mundial totalitário. O que talvez ela não saiba, ou finja não saber, é que a política em prol da diversidade tem sido adotada nos países mais desenvolvidos do mundo (a maioria  tradicionalmente cristãos), a começar pelos EUA, a maior nação capitalista do planeta. Em contrapartida, não é adotada em países socialistas como Cuba e China, muito menos pela Rússia (que segundo alguns, vai ressurgir como grande potência comunista). Vai entender...

Sem dúvida, os países em que a diversidade é mais duramente combatida são os teocráticos, onde impera a visão fundamentalista do Islã.

Se a bancada evangélica seguir em seu agressivo lobby no governo atual, corremos o risco de ver implantada uma espécie de Talibã gospel no país.

Urge reafirmarmos e redobrarmos a vigilância sobre a laicidade do estado brasileiro. Parafraseando o reformador protestante Martinho Lutero, Deus age no mundo através de dois braços, o da Lei (estado) e o da Graça (igreja). O problema é quando os braços resolvem se cruzar. Ambos ficam paralisados, como se estivessem presos numa camisa de força. O desafio, portanto, é manter cada poder em sua esfera. A religião tem sua importância. Mesmo os mais céticos hão de concordar. Mas ela não está autorizada a extrapolar sua esfera e impor seus dogmas e doutrinas à sociedade como um todo.

Atrás do púlpito da igreja que pastoreio, não sou psicólogo. Posso até citar Freud, Jung, e tantos outros. Mas não posso transformar o culto numa sessão terapêutica. Semelhantemente, no consultório, o pastor deve ceder lugar ao terapeuta. Não cabe ali discurso religioso. O mesmo se aplica ao campo da política. No plenário não há pastores, nem padres, nem pais-de-santo, mas apenas representantes do povo. Assim como no púlpito não deveria haver candidatos em busca de votos, nem políticos em busca de apoio às suas pautas. Se mantivemos cada atividade em sua própria esfera, avanços sociais serão consolidados sem interferência religiosa, e a religião, seja qual for, terá assegurado o seu direito de prestar culto e divulgar suas crenças e valores.


25 comentários:

  1. O respeito pela diversidade de gêneros tem sido promovido por países não laicos, nem cristãos católicos, mas sim, cristãos protestantes. Por uma razão simples: o Estado e a Religião não se misturam. A primeira grande personalidade a defender a separação do Estado da Religião foi Jesus Cristo, ao afirmar: "O meu Reino não é deste mundo. Se fosse, os meus servos lutariam para impedir que os judeus me prendessem. Mas agora o meu Reino não é daqui". João 18:36 [NVI]
    Somente religiosos oportunistas usam a fé, segundo a própria conveniência, como meio de ascensão ao Poder se colocando arrogantemente, "em nome de Deus". Ainda bem que o CRP cassou o registro dessa profissional.
    Muito oportuna esta matéria, prezado Rev. Hermes.

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  2. Bom dia.
    Não sei o que dizer sobre sua versão dos fatos.

    Sou contra o preconceito contra os grupos LGBTS, mas eu diferencio algo como "deixar entrar na igreja e ser acolhido" de uma situação de "certeza que já está salvo do jeito que é".

    Uma coisa é a acolhida da Igreja, que não significa nada se o critério para ser salvo implicar "metanoia".

    Gostaria que o Sr. falasse a respeito, porque eu não sei, lendo seus artigos, como pregar a salvação aos homossexuais: não falo nada sobre necessidade de mudança de vida? Deixo ficar na igreja e Deus que o mude quando quiser (se for necessária mudança) ou posso dizer para ele ser acolhido na igreja e permanecer como é que isso não seria critério para ser salvo?

    Sei o que a Bíblia fala sobre uniões homoafetivas, rechaçando-as, mas está tão em vogo uma tal releitura dessas passagens que estou, depois de 20 anos de confissão de fé cristã, confuso sobre como evangelizar homossexuais, justamente por saber que evangelizar não é o mesmo que simplesmente "chamar para ingressar na minha igreja", tampouco seja algo como "ser acolhido pela comunidade".

    O que eu faço?? Como eu evangelizo??
    SOCORRO!!!

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    1. Olá Fabio,
      Se me permite, primeiramente compreenda em sua profundidade o que é ser homossexual. É algo que vai muito, mas muito mais além do que uma simples relação sexual com alguém do mesmo sexo. É ao mesmo tempo algo intangível e inerente a uma pessoa, lhe sendo o seu todo; e por outro lado, não é algo que deveria definir alguém. Partindo daí, eu considero que seria um bom começo. Abraços fraternos.

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    2. Bom dia, André L.
      Obrigado por me responder, já que o Bispo apenas posta textos e não os visita pra tirar dúvidas.

      Eu entendo o que você diz porque tenho parentes homossexuais e é justamente por conta deles a minha dúvida. Sei o que para eles ser homossexual significa, mas e meu evangelismo, como faço?

      Falo que é pecado? Falo que não é pecado? Não falo nada? Jesus não revogou as passagens do AT que condenam o homossexualismo e S. Paulo fala pesado contra isso... Como reagir a uma pergunta do tipo "irmão, isso é ou não é pecado"? Como responder com a Bíblia na mão?

      Pra mim tá difícil evangelizar esses parentes por isso.
      Abraços.

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  3. Bispo, qual sua posição para esse assunto de gênero? São válidas essas pautas como: inclusão do banheiro para gêneros nas escolas publicas

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  4. Anônimo11:43 AM

    Pastor Hermes, concordo com você referente a um evangelho que não discrimine, coloque jugo ou exclua quem quer que seja. Porém gostaria de entender o que você realmente acredita como pastor, referente ao homossexualismo. Evidentemente a prática é condenada nas Escrituras, Antigo e Novo Testamento... mas você só fala contra atitudes beligerantes de Malafaia e sua trupe, mas não se posiciona no assunto.
    Apoiar só para atrair estes que são marginalizados, mas não dizer que é necessário uma transformação de mente ou até mesmo negar aos seu próprios desejos para agradar Aquele que o salvou, não te fara melhor que estes intolerantes; e pior será para os oprimidos que precisarem de sua ajuda.
    Jesus é amor, é inclusão; mas sempre trata com a verdade.

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  5. Lamento seu texto. Jesus disse que aquele que com ele não ajunta, espalha. Ele disse que a palavra do seu discípulo deveria ser sim, sim, não, não. A Biblia diz que o cristão de verdade é sal da terra e luz do mundo. A Biblia ensina que Deus criou o homem em dois gêneros distintos: macho e fêmea. A Biblia ensina que devemos amar a todos indiscriminada e despreconceituosamente, mas que o pecado existe e que somente um povo santo e aceito por um Deus Santo. O cristianismo não insufla a violência, mas não aprova o pecado. O Estado é laico. A Igreja não. Aceitamos como membros de Igreja aqueles que professam sua fé em Cristo. O Estado acolhe a todos. Simples assim.

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    1. Então na sua concepção, o fato de a pessoa ser homoafetiva já a condena para o inferno. O sal serve pra quê e a luz também serve para o quê? Jesus veio para o são ou para o doente? É lindo ver um ex traficante dar testemunho nas igrejas, não é verdade? Qual a diferença? O estado acolhe a todos, a igreja só aos que professam fé. Como professarão, se não ouvirem o evangelho? Como ouvirão se a "igreja" os discrimina. Difícil né?

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    2. Ilton , me desculpe mas fica difícil de entender esta postura , pois a igreja não acolhe só os que professam , pois quando passei a frequentar este meio, eu não professava nada e não entendia nada , fui aprendendo aos poucos , e para que qualquer outro, quer seja gay ou não , aprenda as doutrinas de certa religião ele deve dar tempo de aprendizado participando e aprendendo ,é assim que somos curados , por Jesus. E não se deixe enganar o estado não acolhe a todos , ele busca eleitores , nas épocas de seu interesse .

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  6. Olá Hermes. Ao saber da sua quase excomunhão pelo genizah, tive de passar aqui para me dar o prazer de apreciar os seus textos. Só posso te parabenizar por não se curvar aos postulados dos conspiradores, e manter sua sana mentalidade, a qual se fez presente ao longo de todas as dezenas de artigos da sua autoria que já tive o prazer de ler, coisa que alguns de seus críticos abandonaram em favor de um desesperado efeito manada.

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  7. Esse doente é pastor?? que heresia, só se for no inferno.

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  8. Anônimo3:54 PM

    Me desculpe cara, mas você está sendo um idiota útil ao pensamento da doutrinação gayzista. Talvez um dia você acorde para a luz do evangelho e entenda que não é levando para a massa uma ideologia que se resolve essas questões. Ah! E faz o favor de não sair por aí dizendo que é pastor não, sério.

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  9. boa tarde !!! Descordo como educador !!! O que deveria ser ensinado nas escolas e na educação familiar, é o respeito as diferenças , amor ao próximo, educação em grupo. E pra isso não precisamos de uma teoria de gênero para pra nortear a educação. Precisamos de uma sociedade que saiba conviver com as diferenças, independente do credo, ideologia, sexualidade, e outrens. O ambiente escolar é reflexo da sociedade, não é um ambiente imune, se acontece na sociedade refletirá na instituição educacional. Em uma sociedade saudável, talvez utópica, mesmo com discordancias e crenças variadas, o respeito a integridade do ser humano , deve ser o ponto de partida para tudo.

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  10. O senhor precisa se informar mas sobre esse assunto. Não tem base para falar de tal. Estudo sobre ideologia de gênero, nada tem a ver com combate a preconceito, mas sim em homossexualizar crianças. Tirar a identidade delas, dada e formada por Deus. Meninxs XS .Lamentável, triste. Deveríamos estár juntos nessa guerra contra os poderes das travas, não do lado deles.MUITOS GAYS SÃO CONTRA ESSA NEFASTA IDEOLOGIA, AÍ ME VEM UM "PASTOR" A FAVOR. E empoderamento feminino!!!! Só posso rir,pois vejo só um título de pastor. Rasgou de gênese a apocalipse quando sitou esse palavra. Empoderamento femenino diria sim. Pois muitas mulheres tais quais a Marisa, tem muito mas CULHÃO q muitos homens. Pois não negam e nem tem medo de ficar do lado da verdade q e Cristo, e nem se deixam embaralhar com esse mundo. E graça não é fajuda, e nem se pode alcança la previamente com pecados premeditados. Tudo q o homem plantar, isso colherá. MARANATA.

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  11. Desceu do muro do lado errado, que Deus lhe traga o discernimento e que a graça lhe oportunize uma nova chance de rever seus conceitos, isso se ainda se confessa um cristão bíblico e ainda reformado.

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  12. Pelo amor hein... que texto confuso.

    Além do mais, eu vi a Marisa Lobo respondendo enfaticamente acerca da "Cura gay" quando a própria diz que não é curandeira, logo, não acredita em cura gay, e sim em reorientação como o próprio Freud.

    Um cara que se diz pastor dizer que os homossexuais não precisam de cura? Se a questão fosse somente semântica(também acredito que o termo CURA está incorreto), eu concordaria. Agora seu discurso aponta que é a igreja ou os que se opõem ao homossexualidade é que são os vilões e hipócritas. Pelo jeito, você é só mais um daqueles que foram picados pelo mosquito do politicamente correto e que suprimem a verdade do evangelho que aponta para METANOIA para parecer bacaninha e tolerante.

    Faça um favor a si mesmo se não tiver ainda cauterizado sua própria consciência com uma visão teológica torpe e se arrependa diante de Cristo e Sua Palavra.

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  13. Anônimo9:25 AM

    Entendi que o Hermes quis dizer: anunciemos a Palavra de Deus com amor e mansidão para todos , mas sem julgamentos , críticas, preconceitos etc... como muitos cristãos vem fazendo.

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    1. Anônimo , não é isto que vejo no texto,vejo o Hermes apedrejando a Marisa , e a propósito , o Hermes é a favor de tudo que é errado , como bom comunista que é.

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  14. Anunciar a Verdade do Evangelho não significa julgar , condenar , ter preconceitos contra as pessoas. Independente delas aceitarem o Evangelho ou não , não nos cabe esse direito de condená-los , como muitos cristãos fazem!

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    1. Sonia , já foi mais do que comentado que, expressar opinião , não é o mesmo que "julgar , condenar e ter preconceito, quem segue a bíblia , na sua maioria (excetuando os crentes comunistas) nunca vai aceitar o homossexualismo, isto não quer dizer que é preconceito, eu sou crente sou extremamente contra o homossexualismo , no entanto na área em que trabalho tenho muitos homossexuais que atendo com maior carinho e respeito, o evangelho é pregado pra todos.

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  15. Anônimo12:30 PM

    Tenho pena de você e da igreja onde congrega, se é que congrega.

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  16. Graças a Deus uma mulher culta, escritora, bem articulada, formada e pós-graduada em um importante ramo das ciências humanas tem discurso destoante dos movimentos sociais que promovem os direitos humanos e o empoderamento feminino.

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    1. falou a crentelha machista

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    2. Ninguém é obrigado a ser cristão: se o homoafetivo quiser ser, tem que deixar de ser homossexual. Por mais que se vilipendie as Escrituras, nada nela diz que um homoafetivo pode vir à luz do Evangelho, continuar homoafetivo e ser salvo, exceto se quiserem revisitar os textos de S. Paulo (nada digo sobre o Velho Testamento pra não ser acusado de usar textos "revogados" - que curiosamente ainda fazem parte de nossas Bíblias...) e dar à eles um sentido e significado que nunca tiveram, quando o assunto é a homossexualidade... Paulo nunca disse que Deus aceita o gay continuar sendo gay e ainda ser salvo, nem qualquer outro livro do NT, então pra quê se demoniza alguém que prega que os homoafetivos podem ser salvos por Deus e reorientados, ou ao menos terem o desejo de parar de ter relacionamentos homoafetivos, ainda que nunca "sejam curados" (Pr. Lucinho admite que não existe "cura gay", mas prega que todo homossexual teria na sua condição algo como o "espinho na carne de Paulo", por SER homossexual e ter que reprimir os "ATOS homossexuais", já que a Bíblia não os condenaria por SER, mas por AGIR COMO homossexuais - tudo bem que não é a melhor das exegeses, mas ao menos não compactua com a MENTIRA de dizer ao homossexual que está tudo bem ser e continuar sendo homossexual, mesmo depois de se tornar cristão).

      Igreja é lugar de acolhimento, mas Céu é lugar de submissão à vontade do Pai, achemo-la preconceituosa ou benigna, não importa, pois nossa opinião apenas defende nossos interesses e não os de Deus.

      Se tenho um irmão gay, claro que falarei que ele será salvo se continuar gay, mesmo havendo textos e mais textos bíblicos dizendo que não será, é quando então eu apelo por um "Deus do Amor"... só precisamos lembrar que não estamos mais nos tempos da mitologia grega e não existe mais um deus do amor, deus de paz, deus disso e deus daquilo... existe apenas o Deus que escreveu a Bíblia, com o exato sentido que Ele queria que ela tivesse. Basta tirar os óculos do interesse e ler.

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