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sábado, abril 13, 2013

Marx ou Mamom? Seu Deus é Comunista ou Capitalista?



Pra quem anda confundindo o Evangelho com discursos ideológicos

Por Hermes C. Fernandes

Definitivamente, não existem ideologias perfeitas. Todas têm suas virtudes e vicissitudes. Cada qual tem seu altar e seu sacrifício. O comunismo, por exemplo, sacrifica a liberdade de seus cidadãos no altar da justiça social. O capitalismo faz o inverso, sacrifica a justiça social no altar da liberdade.

Ora, se não há ideologias perfeitas, o que nos dá o direito de sacralizá-las? Não podemos diluir a mensagem do Evangelho, transformando-o num discurso ideológico. Ainda que cada uma delas tenha um ponto ou mais que coincidam com a proposta do Evangelho. Diluir uma gota de Evangelho num balde de ideologia acaba por corromper completamente seu conteúdo e subversividade originais.

Deus não é de esquerda, nem de direita. Se o Evangelho promove a justiça social, também não prescinde da liberdade individual.

Quando sacralizamos uma ideologia, geralmente, demonizamos as demais. Foi o que aconteceu com o comunismo a partir do golpe militar em 1964. Pregadores fizeram vista grossa às atrocidades cometidas pelo governo militar, enquanto identificavam o comunismo com o próprio diabo. Houve quem enxergasse um viés político-ideológico até na passagem em que Jesus descreve o juízo final, quando a humanidade será dividida em dois grupos. Os da esquerda, destinados à condenação, seriam os comunistas, enquanto que os da direita, destinados à vida eterna, seriam as nações que adotassem a ideologia importada dos EUA, a saber, o capitalismo. Igualmente, dos dois ladrões crucificados com Jesus, somente o da direita foi salvo.

Qualquer pregador que ousasse questionar a ditadura militar, corria o risco de ser preso, acusado de subversão. Há quem diga que muitos desapareceram...

Não devemos nutrir uma visão romântica de nenhuma ideologia. Em nome de todas elas, atrocidades foram cometidas.

Vamos focar as duas principais ideologias vigentes neste novo século, a saber, o comunismo (que resiste bravamente na China e em Cuba), e o capitalismo.

O comunismo, em sua essência, defende que os bens de uma sociedade deveriam ser partilhados igualmente entre todos os seus cidadãos. Isso parece coincidir com a proposta do Evangelho. Eu disse, parece. Teria o Estado o direito de apropriar-se de bens privados?

Temos um exemplo disso na Bíblia, quando um rei malévolo desejou acampar a vinha de um cidadão de Israel. Acabe conspirou contra Nabote, a fim de tomar-lhe a propriedade. É óbvio que Deus jamais apoiaria tal atitude. O mandamento que diz que não devemos cobiçar o bem alheio, bem como o mandamento que nos proibe o roubo, são uma indicação de que a vontade de Deus é que a propriedade privada seja respeitada. Também encontramos nas Escrituras leis que regulam a hereditariedade de bens (Pv.13:22).

Entretanto a Bíblia incentiva a partilha de bens, desde que seja voluntária, fruto de uma consciência grata e generosa. Foi isso que aconteceu na igreja primitiva. O que vemos ali está longe de ser uma amostra grátis do que seria uma sociedade comunista. Em vez disso, trata-se de uma demonstração de como funciona uma sociedade erigida ao redor do Trono da Graça. Trata-se, portanto, de reinismo, em vez de comunismo. A partilha jamais foi compulsória, mas provinha do fato de todos terem um só coração (At.4:32). Não havia imposição por parte dos apóstolos. Tudo era voluntário. Portanto, diferente do que propõe regimes comunistas, a partilha dos bens deve ser voluntária, tanto quanto o celibato, equivocadamente exigido pelo Vaticano aos seus sacerdotes.

Chamamos “reinismo” a ideologia que deve reger a sociedade construída a partir de uma cosmovisão do reino de Deus. Reinismo, portanto, deveria ser o modus vivendis de toda comunidade legitimamente cristã.

De acordo com Paulo, o cidadão do Reino deve trabalhar, “fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade” (Ef. 4:28). Bem diferente da proposta do capitalismo que é fazer do trabalho um meio para adquirir e concentrar bens, no reinismo somos instados a trabalhar para ter o que repartir. Assim como o comunismo, o reinismo também valoriza o trabalho muito mais que o capital. Porém, cada qual deve desfrutar do resultado de seu próprio trabalho, e não usufruir ociosamente do trabalha alheio. Somente aqueles que estiverem impossibilitados de trabalhar, ou que houver sido vítimas de alguma injustiça, devem desfrutar da partilha comunitária. “Se alguém não quiser trabalhar, que também não coma”, sentencia Paulo (2 Ts.3:10-12).

Um Estado regido pela ideologia comunista tende a ser totalitário, intrometendo-se em questões que deveriam ser mantidas na esfera privada.

Qual seria o papel do Estado de acordo com a Bíblia?
“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são motivo de temor para os que fazem o bem, mas para os que fazem o mal. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem, e terás louvor dela; porquanto ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador em ira contra aquele que pratica o mal. Pelo que é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa da ira, mas também por causa da consciência. Por esta razão também pagais tributo; porque são ministros de Deus, para atenderem a isso mesmo.” Romanos 13:1-6
De acordo com este texto, o Estado recebeu de Deus autoridade para punir os malfeitores, ao mesmo tempo em que incentiva toda e qualquer boa iniciativa. Leis civis são implementadas para regulamentar a vida social. Quando estas leis são transgredidas, o Estado tem o direito de punir os transgressores. Mas não pára aí. O Estado também tem a obrigação de “louvar” quem faz o bem, o que pode ser interpretado como incentivar qualquer iniciativa que vise o bem comum. Isso pode incluir incentivos fiscais, como aqueles dados à cultura. Se o Estado extrapola sua esfera de atuação, seus cidadãos têm o direito de resisti-lo, denunciando-o e buscando sua reforma. O Estado deve servir como um facilitador de boas obras, oferecendo à sua população meios para tal. Desde infraestrutura para escoamento da produção, passando por incentivos fiscais, segurança, educação, saúde, saneamento básico, etc.

Já no Liberalismo/capitalismo, valoriza-se o capital em detrimento do trabalho. O consumo é incentivado a todo custo, a fim de manter a máquina a pleno vapor. Trata-se, portanto, de um sistema retroalimentado. O consumo estimula a produção, que por sua vez, promove a abertura de postos de trabalho. Segundo seus defensores, o resultado desta equação é a prosperidade da sociedade como um todo. Tudo parece muito bonito, até que nos deparamos com as palavras de Jesus: “Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui.” (Lc. 12:15). Como, então, poderíamos endossar o espírito consumista que justifica a ideologia capitalista? Um sistema erigido sobre esta ideologia só poderia está fadado a ruir.

No capitalismo a concentração de renda também é valorizada, em franca dissonância com os princípios da Palavra de Deus.
“Ai dos que ajuntam casa a casa, dos que acrescentam campo a campo, até que não haja mais lugar, de modo que habitem sós no meio da terra!”
Isaías 5:8
A justiça do reino de Deus nos impele à distribuição de renda, e não à sua concentração. Cartéis, monopólios, oligarquias, são alguns dos efeitos colaterais deste sistema capaz de corromper os valores essenciais da vida em nome do ganho.

O capitalismo também promove a exploração do trabalhador. Apesar do discurso afirmar que todos saem ganhando, não é isso que constatamos. Quem lucra, nunca se dá por satisfeito. Os detentores dos meios de produção, bem como os banqueiros e donos dos veículos de comunicação querem sempre mais, e mais, e mais.. E ao mesmo tempo, reduzir gastos, o que pode significar redução de salários, substituição de mão-de-obra humana por máquinas, etc. Investe-se em publicidade e lobby político, ao passo que reduz-se o gasto com aqueles que mantém a máquina, os empregados. Tudo em nome da eficiência e da otimização dos lucros. Não é à toa que grandes empresas de países ricos têm se mudado para países do terceiro mundo, por saberem que lá pagarão salários menores a seus empregados. O preço pago a médio e longo prazo será incalculável. E já começou a ser pago. Vide o altíssimo índice de desemprego nesses países.

Se por um lado o capitalismo promove competitividade, fazendo com que serviços e bens de consumo sejam aprimorados, por outro lado, atravancam o desenvolvimento. Dificilmente empresas petrolíferas apoiarão iniciativas que desenvolvam veículos movidos à água, por exemplo. A menos que descubram uma maneira de tirar proveito disso. Muita coisa já foi inventada, patentizada, porém, jamais chegou às mãos do consumidor, pois ameaçam produtos já consagrados. Eu mesmo conheci um professor universitário que já nos anos 80 havia desenvolvido um motor à água. Resultado: foi demitido e teve seu projeto abortado pela Universidade, que por sua vez recebeu uma enorme soma em doação da parte de certa empresa petrolífera. No sistema capitalista, tudo é movido pela ânsia do lucro.

Governos pautados nesta ideologia estão construindo sobre areia movediça. Bem fariam em dar ouvidos à advertência bíblica:
“Ai daquele que edifica a sua casa com iniqüidade, e os seus aposentos com injustiça; que se serve do trabalho do seu próximo sem remunerá-lo, e não lhe dá o salário.”
Jeremias 22:13
Tragicamente, esta ideologia tem encontrado amparo no seio da igreja evangélica. A teologia da prosperidade é sua filha caçula. Sua mensagem, resultado da mistura de um gota de Evangelho com uma caixa d’água de discurso ideológico, tem sido responsável por tornar a igreja numa importante engrenagem do sistema, incentivando a alienação.

Todos as ideologias e seus respectivos sistemas estão fadados a desaparecer (1 Co.15:24-25; Hb.12:27-28). Por isso, perde tempo quem tenta conciliar a verdade do Evangelho com qualquer uma delas. Bom seria se déssemos ouvidos a Paulo, analisando tudo e retendo somente o que for bom. Nada de pacotes fechados!

Assim como não podemos sacralizar qualquer que seja a ideologia, também não podemos demonizá-la. Dos dois lados da trincheira ideológica há gente de bem, lutando pela justiça e pela verdade. Quem gosta de rotular os outros de maneira tendenciosa e preconceituosa está à serviço da discórdia, disseminando o ódio entre irmãos. Posso condenar uma linha de pensamento, mas isso não me dá o direito de sentenciar ou fomentar suspeitas sobre pessoas que pensem diferente de mim.

Cristãos que cerraram fileiras com a ala direita certamente o fizeram por identificarem naquela ideologia alguns elementos comuns ao Evangelho. O mesmo podemos falar dos que cerraram fileiras com a esquerda. Ambas as ideologias têm coisas em comum com a proposta do Evangelho, como também têm disparates que não podem ser ignorados. Há santos e pecadores de ambos os lados. Não sejamos tão severos... Nem tão ingênuos...

Em vez de lutarmos em nome de uma ou de outra, digladiando-nos uns com os outros, que tal lutarmos pela liberdade e pela justiça preconizadas na mensagem do Reino de Deus?

16 comentários:

  1. Interessante esse post, pois sempre há uma confusão generalizada sobre ideologias seculares e Cristianismo, pensam muitos que seu modo de ver a sociedade é o modo correto de ser Cristão, ou seja, que Cristo se encaixa em nossa pretensa maneira de ver a sociedade. Não dá para dizer que Cristo era Comunista, pois o próprio princípio comunista é categórico em dizer que só pode haver comunismo depois que houve a revolução burguesa e o comunismo seria a superação do capital, onde as forças produtivas não alimentariam o capitalista, mas sim a massa popular libertando-a para outros afazeres e não somente para o trabalho, e não se pode dizer que jesus era Capitalista porque o modo de produção daquela época não era para produzir excedente através do trabalho assalariado, ou seja, existia uma produção minimamente para excedente, mas a mesma era realizada por escravos, e escravidão não é compativel com capitalismo. Quanto mais cedo entendermos a terminologia das palavras e seus conceitos, cometeremos menos erros a respeito de Cristo e sua mensagem.

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  2. O texto está excelente, mas não tem nada de subversivo em dizer que a Bíblia dá legitimidade ao Estado. Muito pelo contrário, o Novo Testamento desvalida toda e qualquer autoridade do Estado. Aconselho você ler Anarquia e Cristianismo de Jacques Ellul e A Bíblia e o Impeachement de Caio Fábio, e você vai ver os equívocos evangélicos sobre autoridade e poder. E sobretudo compreender textos que aparentemente validam a autoridade como (Rm 13), (1 Tm 2. 1-4), (1 Pd 2. 13-19).

    Leio seu blog com frequência e o convido a visitar o meu: Fé, Razão e Graça

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    1. Hm... a relação entre anarquia e cristianismo também me veio à mente, enquanto lia o post. Me lembro aqui da repreensão de Deus aos israelitas quando eles pediram para ter um Rei como as outras nações (época do profeta Samuel); de quando Jesus ressignificou a ideia de templo - não a sinagoga, a instituição, mas o seu próprio corpo; além da crítica à propriedade privada. Gosto da dica do Lindiberg. Talvez, ouso pensar, a Bíblia seja mesmo anarquista ao extremo, por defender as ecolhas individuais (inclusive a de ter uma propriedade privada). A lei basicamente seria: compartilhe seus bens, mas não viole os do outro; faça de Deus seu único Rei, mas não violente o Estado; o que não é tão contraditório quanto parece... mas, por vezes, está além de nossas possibilidades contemporâneas de compreensão. A propósito... gostei do nome do site.

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  3. Creio que o Lindiberg já disse tudo...

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  4. Anônimo11:45 PM

    Comunismo e Capitalismo são duas faces da mesma moeda. Gostei muito do texto, parabens Hermes.

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  5. Anônimo11:50 PM

    Wesley, eu acho q a escravidão é compativel com o capitalismo sim. Na revolução industrial inglesa, os trabalhadores eram semi-escravos e na colonização do Brasil pelos portugueses, primeiro os indios e depois o africanos foram feitos escravos para sustentar a maquina capitalista da época.

    Hoje em dia na China, os trabalhadores tem jornadas absurdas q superam as nossas 8 horas.

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  6. Anônimo12:29 AM

    Tenho alguns ressalvas sobre o texto, principalmente sobre o Comunismo. Na verdade o comunismo seria o último estágio da sociedade. O Socialismo seria o termo correto para ser emprego e com certeza é único sistema monetário/filosófico que pode transformar as nações (estamos falando de sistemas terrenos e não espirituais).

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  7. Discordo do anônimo. O socialismo já está transformando nossa sociedade (mas não beneficamente). Basta darmos uma olhadela no que a ONU e os partidos socialistas e comunistas estão fazendo, tentando destruir nosso padrão de família (que é bíblico), conseguindo inclusive implantar a agenda gayzista e abortista (o dono desse blog apóia essas agendas, e talvez por isso, esse comentário não será publicado), utilizando informações da Visão Mundial, uma organização confessa comunista e anti-família (pai, mãe, filhos) com máscara de boas ações.

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  8. Dona Galinha dos Ovos de Ouro,

    O problema de pensar com os neurônios alheios é este. A gente repassa informações sem nem ao menos conferir sua procedência.

    O que tem a ver comunismo com agenda gay? Você sabia que os países comunistas sentenciam gays à pena capital (morte)?

    Não misture alhos com bugalhos!

    O comunismo é tão ruim quanto o capitalismo. São duas cabeças de uma mesma besta... Partem de premissas diferentes, mas produzem resultados devastadores, sejam eles a curto, médio ou longo prazo.

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    1. Quanto citei "comunismo", quis dizer esse, do Brasil, implantado pelo PT e seus lambe-patas, como Ariovaldo Ramos, Caio Fábio, Ricardo Gondim, Ed Renê Kvitz, Robinson Cavalcanti, Marina Silva, etc. Ao contrário do que acha, não preciso pensar com os neurônios dos outros, tenho conhecimento de causa.

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    2. É curioso ver o quão difícil é sermos confrontados com realidades diferentes daquelas que construímos. O discurso levantado contra os pregadores citados ecoa pelos bastidores da igreja brasileira com uma proporção muito maior que o alcance da pregação dos pastores "comunistas" citados. A polêmica criada ao rebater o discurso deles surte o efeito "massa de pão" (quanto mais bate, mais cresce!).
      Meu irmão Rodrigo, posso não ter convicção suficiente sobre a idoneidade da mensagem de tais homens, mas também não podemos esquecer que a igreja cristã brasileira, configurada como está, mostra-se tão capitalista que chega a provocar engulhos em quem leva o evangelho a sério.
      Entre a igreja midiática que enriquece vendendo a promessa de prosperidade à luz capitalista e a igreja que socorre os pobres com atitudes que beiram o comunismo, ainda prefiro a segunda.
      Respeitosamente
      Marcelo Nascimento

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  9. Muito bom Brother...com certeza vou divulgar no meu blog. Falou tudo. Obrigado pelos posts esclarecedores. abraço.

    Resumindo sobre o texto " todo que começa na carne e carne"

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  10. Você está certo num ponto: nenhuma ideologia humana pode-se equiparar com a Palavra de Deus. Deus não está subordinado a nenhuma Ideologia humana. Mas tem uma coisa: nós não estamos livres de ser influenciados por essas ideologias, mesmo que sem perceber.

    Vamos esclarecer um ponto. Minha crítica anterior, sobre seu outro Post dos beijos, não é um manifesto contra ou a favor do Capitalismo ou do Comunismo/Socialismo/Marxismo/Etc. Não se trata de teoria econômica, de classes, meios de produção e suas implicações. A questão é outra, no campo da MORAL e da CULTURA, com desdobramento político: o Marxismo Cultural.

    O Marxismo Cultural faz questão de não ser identificado com o Marxismo Clássico. É uma subversão do primeiro. O Marxismo Cultural não apenas é uma Cultura Anticristã, como também se ocupa de iludir as pessoas fazendo passar idéias anticristãs como cristãs.

    Por exemplo, a ideia de paz mundial sem Cristo. Admita: só meia-dúzia de cristãos falam de Paz Mundial pela difusão do Evangelho. O restante dos cristãos nem liga pra isso e os não cristãos falam de paz, mas nem querem ouvir falar de Deus. Paz sem Deus... Só se for a "Pax Romana".

    E mesmo que eu tivesse discutindo sobre o Marxismo Clássico (materialismo dialético), do ponto de vista cristão, NÃO É VERDADE que o Comunismo seja "APENAS" a ideologia oposta do Capitalismo: eles têm o ATEÍSMO na agenda.

    Karl Marx, pai do Comunismo, chamou a religião de "ÓPIO DO POVO". Ele achava que a esperança na vida eterna alienava as pessoas para a luta de classes, para a revolução (armada). Ele queria que as pessoas se voltassem contra seus patrões e os combatessem com violência e até a morte.

    Lembra que Paulo reprovou isso? Mandou servir bem aos senhores, como se o fizessem pra Deus. Em suma, a fé em Deus e a esperança no porvir os impedia de engajar na luta armada, de fazer revolução. Por isso Marx odiava o Cristianismo.

    Lênin, então, nem discuto. Cito diretamente:

    "O marxismo é materialismo. Como tal, ele é tão implacavelmente hostil à religião como foi o materialismo dos enciclopedistas do século XVIII ou o materialismo de Feuerbach. Isso é fora de dúvida. Mas o materialismo dialético de Marx e Engels vai além dos enciclopedistas e de Feuerbach, pois aplica a filosofia materialista para o domínio da história, para o domínio das ciências sociais. Devemos combater a religião, que é o ABC de todo o materialismo e, conseqüentemente, do marxismo. Mas o marxismo não é um materialismo que parou no ABC. O marxismo vai mais longe. Temos que saber como combater a religião, e para fazer isso temos de explicar a fonte da fé e da religião entre as massas de uma forma materialista. A luta contra a religião não pode ser confinada a pregação ideológica abstrata, e não deve ser reduzida a tal pregação. Ele deve ser ligado com a prática concreta do movimento de classe, que visa eliminar as raízes sociais da religião."

    Os russos, debaixo do comunismo, ficaram sem poder cultuar a Deus por mais de 50 sob pena de serem mortos. Quando o regime caiu, mais de 3000 almas estavam com os pés congelando do lado de fora da Igreja Russa, esperando pra prestar um culto a Deus pela primeira vez depois de anos de tortura e perseguição.

    Na China, Cuba, Coréia do Norte é tudo a mesma coisa.

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  11. Anônimo12:10 AM

    Muito bom o artigo, canso de ouvir discursos na faculdade e pessoas perdidas tentando conciliar o Evangelho com essa ou aquela ideologia.

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  12. Jesus disse amai ao teu próximo, como a ti mesmo, isto já é uma sociabilização! Jesus Cristo nunca ensinou o homem ser egoísta, mas os Capitalistas, são egoístas e mesquinhos, e amam as obras da carne! Os capitalistas querem amontoar riquezas na terra, mas a bíblia condena em Mateus 06: diz assim: ¶ Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
    Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
    Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.Mateus 6:19-21.
    Os capitalistas confiam no dinheiro, amam mais a vaidade da carne, mais os seus bens do que ao próximo! Amam a luxuria, teem a ganancia do capital, são avarentos, não gostam de dividir o pão! Essa que é a verdade, a biblia condena o avarento! Tem uma passagem explicita na Biblia Jesus diz para o mancebo rico doar tudo que possuia aos pobres e apenas segui-lo! Mas a vaidade o pecado o amor as cousas materias fraquejou o jovém rico e ele não seguiu a Jesus, então Jesus disse: Em verdade vos digo, mais fácil um camelo passar no fundo da agulha do que um rico entrar no reino dos céus! Mateus 19:24... Logo vemos, o rico é aquele que ajunta capital! temos o Salmo 20:07, temos Em I Timóteo 06: versiculos 07 ao 12, é VEEMENTE E CLARO, ás estes hipócritas capitalistas seguem estes versiculos: Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele.
    Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.
    Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
    Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
    Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.
    Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas. 1 Timóteo 6:7-12
    PERCEBAM, como os capitalistas em geral amam ao dinheiro, até morrem por ele, querem se justificar no dinheiro! Deus nunca gostou disto, até na época de Moiseis, o o povo queria guardar alimentos ajuntar estes bens, mas Deus os apodrecia, porque,não era pra guardar! Em Exôdo 16 é bem claro, Deus dava o alimento, suficiente, mas o povo ganancioso guardava para ter mais porém Deus apodrecia estes alimentos : 15 Quan­do os israelitas viram aquilo, começaram a pergun­tar uns aos outros: “Que é isso?”, pois não sabiam do que se tratava. Disse-lhes Moisés: “Este é o pão que o Senhor lhes deu para comer.
    16 Assim ordenou o Senhor: “Cada chefe de família recolha quanto precisar: um jarro[26] para cada pessoa da sua tenda”.
    17 Os israelitas fizeram como lhes fora dito; alguns recolheram mais, outros menos.
    18 Quando mediram com o jarro, quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco. Cada um recolheu quanto precisava.
    19 “Ninguém deve guardar nada para a manhã seguinte”, ordenou-lhes Moisés.
    20 Todavia, alguns deles não deram atenção a Moisés e guardaram um pouco até a manhã seguinte, mas aquilo criou bicho e começou a cheirar mal. Por isso Moisés irou-se contra eles! E não venha com exemplos de Cuba porque Cuba foi sabotada e é até hoje, os Estados Unidos fechou todas as portas e deixou Cuba isolada do mundo. O Presidente Ronald Reagan, foi outro hipócrita também, dizia que a União Soviética era o eixo do mal, e ele se dizendo evangelico, se vestia de lobo, ardiloso, só pensava em si próprio, egoísta, nada de amar ao próximo como a si mesmo como Cristo ensinou, amava o capital

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  13. Muito bom!!! Gostei da forma que foi escrito esse post. Acho que isso esta faltando na midia atual, ou seja, informar os leitores, as pessoas e não manipular as informações. O autor desse post poderia simplesmente escolher um dos lados e sentar o porrete em cima e só elogiar o outro lado, mais do contrário o que vemos aqui é uma belissima aula de informação dos fatos!!!! PARABENS AMIGO É A PRIMEIRA VEZ QUE PASSEI POR AQUI E JÁ GOSTEI DO QUE VI.

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