sábado, junho 16, 2007

0

O Testemunho de Deus na Ciência - Continuação

Retornando ao texto que inspirou este artigo:

“Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo. Ele não veio só pela água, mas pela água e pelo sangue. E o Espírito é que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. Pois três são os que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito; e estes três são um. E três são os que dão testemunho na terra: o Espírito, a água e o sangue; e estes três concordam.” 1 João 5:6-8

Jesus, o Filho Eterno de Deus, veio ao mundo através do mesmo processo que Ele predeterminou para todos os seres vivos. Vir por “água e sangue” é o mesmo que vir ao mundo através de processos químicos e biológicos.


Ele poderia ter simplesmente aparecido na Terra. Mas em vez disso, Ele submeteu-Se a todo o processo de concepção, gestação e parto, como todo ser humano.

O óvulo de Maria teve que ser fecundado pelo espermatozóide
[1] divino. Ele experimentou todas as fases inerentes à formação humana, da concepção à vida adulta. Como atestou o escritor de Hebreus, “visto que os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas (...) convinha que em tudo fosse semelhante a seus irmãos, para ser misericordioso...” (Hb.2:14a, 17a).

É claro que houve uma intervenção sobrenatural na concepção de Jesus. Afinal, não houve participação masculina no processo. Porém, em Cristo, humano e divino se fundem. Natural e sobrenatural se acoplam perfeitamente. Ele não é metade humano, metade divino. Ele é 100% humano e, ao mesmo tempo, 100% divino.

O Verbo Se fez carne! O Deus invisível mostrou Sua cara aos homens. E para isso, Se valeu do DNA humano.

E é o Espírito Santo quem dá testemunho em nosso interior de que Aquele jovem Galileu é o Filho do Deus Vivo. Por isso, ninguém pode afirmar que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo. É Ele quem faz ecoar em nosso coração o testemunho dado no céu pelo Deus Triúno.
Pai, Filho e Espírito Santo não são apenas concordes entre Si. Eles são Um!

Entretanto, “três são os que dão testemunho na terra: o Espírito, a água e o sangue; e estes três concordam”.

Se o testemunho dado no céu só ecoa no coração dos que crêem, o testemunho dado na terra está destinado a todos os homens.

Sendo assim, o que significa “o Espírito” nesse caso em particular? Ora, já vimos que o mundo não é susceptível ao testemunho do Espírito.

Em grego, não existem letras maiúsculas, nem artigo. Portanto, “espírito” aqui pode não referir-se ao Espírito Santo. O vocábulo grego pneuma, traduzido por “espírito”, também pode ser traduzido por “vento”, “fôlego”.

Na sentença anterior, João se refere a terceira Pessoa da Trindade como “Espírito Santo”, mas nessa sentença ele diz apenas “espírito”. Por isso, sou levado a crer que o apóstolo esteja se referindo ao vento. Lembremo-nos de que o salmista afirma que Deus “faz dos ventos os seus mensageiros” (Sl.104:4).

Que testemunho ventos inanimados poderiam dar acerca do Criador? O mesmo que a água, igualmente inanimada.

Quando se fala de vento, está se falando de energia, das forças naturais que a tudo movem. Quando se fala de água, está se falando do elemento primordial, do berço de toda vida, das interações químicas entre os diversos elementos da natureza. Quando se fala de sangue, está se falando de vida, do mistério dos mistérios, conhecido unicamente pelo seu supremo autor.
Em outras palavras, João está falando sobre o testemunho de Deus revelado nas leis da Física, nas interações da Química, e nos mistérios da Biologia.

Todas as ciências repousam sobre o tripé da Física, Química e Biologia.

Física

Se perguntarmos a um Físico de que o Universo é construído, ele dirá que tudo é formado por quatro forças básicas: a gravidade, o eletromagnetismo, as interações nucleares fortes e as interações nucleares fracas. Estas forças se originam em Deus, e constroem toda a realidade do Universo criado.

A gravidade é o que nos prende ao solo, mantém os planetas em suas órbitas. As interações nucleares fortes são responsáveis por manter o núcleo atômico unido e estável. Sem ela o núcleo explodiria, e toda a matéria se desfaria. As interações fracas são as forças responsáveis pela transmutação dos elementos e pelo descaimento radioativo. O eletromagnetismo é o que nós experimentamos como luz, calor e eletricidade. Portanto, tudo o que existe, planetas, estrelas, galáxias, flores, pássaros, e o próprio ser humano, são criados e mantidos através destas forças.
E por trás de tais forças está ninguém menos que o Espírito Santo, o mesmo que no princípio pairava sobre a face das águas.

Química

Química é a ciência que trata das substâncias da natureza, dos elementos que a constituem, de suas características, de suas propriedades combinatórias, de processos de obtenção, de suas aplicações e de sua identificação. Estuda a maneira que os elementos se juntam e reagem entre si, bem como, a energia desprendida ou absorvida durante estas transformações. Diferentemente da Física, que se dedica a um estudo integral da matéria, da sua natureza e leis fundamentais que a regem, o interesse principal da Química está na estrutura principal de organização da matéria: o átomo.
[2]

Toda a matéria existente no Universo se apresenta em quatro estados: sólido, líquido, gasoso e o plasma.
[3]

Compete à Química investigar as interações entre as substâncias de que a matéria é feita.

Biologia

É atribuição da Biologia descobrir como a “vida” se organiza.


Como sabemos, os seres vivos são compostos de células, e é isso que os difere das coisas inanimadas. Se abríssemos o núcleo de uma célula, lá encontraríamos uma seqüência de códigos secretos que a ciência denominou DNA.

O DNA é o responsável pelas características físicas de todos os seres vivos. Desde de um inseto até o maior mamífero, todos são compostos dos mesmos elementos básicos. O que os difere uns dos outros é o código secreto existente em cada célula. Como pode uma bactéria ser formada dos mesmos elementos que compõe o homem? O que os distingue é a forma como esses elementos se arrumam para formar o código, ou melhor, o DNA.

Para facilitar a compreensão, tomemos, por exemplo, algumas letras do nosso alfabeto. Com as letras A, M, O e R, podemos formar a palavra AMOR. Mas se invertermos a ordem das letras, poderemos formar a palavra ROMA. Ora, trata-se de palavras com sentidos completamente diferentes, mas com as mesmas letras. A mesma idéia pode se aplicar ao DNA. Embora todos os seres vivos possuam os mesmos elementos deste código, estes são arrumados em seqüências diferentes.

O DNA é formado por quatro nucleotídeos conhecidos como adenina, citosina, timina e guanina, representados por suas iniciais A, C, T e G. Por incrível que pareça, apenas quatro (4) elementos compõem o código da vida!

Outra coisa que difere os seres vivos é o número de elementos que possuem. O ser humano, coroa da criação, é o que apresenta o maior e mais complexo número de elementos entre todos os demais seres vivos.

Os genes são responsáveis por características tais como nossos traços físicos. O código que trazemos no núcleo de todas as nossas células é resultado da combinação de genes que recebemos do nosso pai e da nossa mãe. Viemos de uma única célula, a célula-ovo, que se dividiu inúmeras vezes até que estivéssemos prontos para nascer. E a célula-ovo, por sua vez, resulta do encontro da célula reprodutora masculina (espermatozóide), que continha genes do seu pai, com a célula reprodutora feminina (óvulo), que continha genes da sua mãe.

Recordando:

A Física nos revela um Universo formado a partir de:
- 4 forças básicas: a gravidade, o eletromagnetismo, as interações nucleares fortes e as interações nucleares fracas.

A Química nos revela que toda a matéria se apresenta se apresenta em 4 estados:
- Sólido, líquido, gasoso e plasma

A Biologia nos revela que a vida está organizada a partir de 4 nucleotídeos:
- Adenina, citosina, timina e guanina (A, C, T e G).

Revisando:

4 forças básicas, 4 estados da matéria, 4 nucleotídeos (DNA).
Tudo isso está devidamente representado arquetipicamente pelos Quatro Seres Vivos vistos por João em sua magnífica visão da Sala do Trono de Deus.

Sem contar que o registro histórico da vida de Jesus está dividido em 4 Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João.

Coincidência? Não! Testemunho.

[1] O termo “espermatozóide” é de origem grega, e significa literalmente “semente”. Portanto, quando Pedro fala que fomos gerados pela semente divina, ele está dizendo que somos frutos do espermatozóide divino.
[2] Definição extraída da Wikipédia, a maior enciclopédia virtual disponível na Internet.
[3] É denominado o quarto estado da matéria, que, dentre outros lugares, pode ocorrer no interior das estrelas, como o Sol, e todo o espaço interestelar, sendo o estado mais abundante no Universo. Consiste numa "sopa" de elétrons livres e íons, o qual pode ser visto como um gás condutor.


Nenhum comentário:

Postar um comentário