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domingo, janeiro 27, 2008

Encontro de Gerações - Parte 2

Crescendo em um ambiente saudável

Por que Jesus e João se davam tão bem, apesar das diferenças? Quem foi a referência de João?

O mesmo anjo que anunciou a Zacarias, que sua mulher Isabel conceberia um filho, também anunciou a Maria que ela conceberia o Filho de Deus. Isabel não foi informada acerca da gravidez de sua prima Maria, mas o anjo contou a Maria que Isabel teria concebido em sua velhice (Lc.1:36).

O que Maria fez ao saber da gravidez de Isabel? Saiu-lhe ao encontro. Não foi uma viagem muito fácil, pois Maria teve que caminhar em terreno íngreme até a casa de Isabel nas montanhas.

Maria e Isabel também pertenciam a gerações diferentes. Maria era uma menina, talvez ainda adolescente. Isabel era uma anciã. Por isso, Maria não esperou que Isabel viesse a ela, mas tomou a iniciativa de ir ao seu encontro.

“Ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre, e Isabel foi cheia do Espírito Santo. Exclamou ela em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. De onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor?” (Lc.1:41-43).

Observemos a humildade de Isabel ao reconhecer que o que era gerado no ventre de sua prima era superior ao que era gerado em seu próprio ventre. Não houve inveja, ciúmes, questionamentos, mas humildade e reconhecimento. O salto dado pela criança em seu ventre, indicava que houvera uma identificação espiritual entre os que eram gerados em seus ventres.
Isabel poderia ter reagido diferente. Imagine ela dizendo a Maria: Quem você pensa que é? Meu filho foi concebido antes do seu! Ele terá primazia! Ou ainda: Imagine se ela questionasse a justiça divina, alegando: Eu esperei tanto tempo, e essa menina inexperiente que vai ser mãe do Salvador? Isto não é justo!

Se houvesse algum tipo de inveja ou competitividade entre elas, isso fatalmente afetaria a relação entre João e Jesus. Nossos filhos observam a maneira como tratamos as gerações que nos antecederam. Há o risco de eles reproduzirem tanto os nossos acertos, quanto os nossos erros. Se formos desrespeitosos com nossos pais e avós, o que devemos esperar de nossos filhos para conosco? Devemos ser modelos.

Tanto João, quanto Jesus, cresceram em ambientes impregnados de amor e respeito. E nossos filhos, em que ambiente os estamos criando? Que tipo de críticas eles nos ouvem fazer aos nossos pais? Que tipo de comentários fazemos acerca dos tios, primos, avós, cunhados e outros parentes?

Assim como Maria, compete aos mais novos buscarem um reencontro com os mais velhos. Portanto, a conversão das gerações deveria partir dos filhos para com os pais.

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